Das luzes no meu quarto


São Paulo, 14 de julho de 2019

Hoje eu enfeitei meu quarto com minhas músicas favoritas. O ponto chave da dancinha foi quando tocou New Light. Eu sorri sozinha com a cena. É bem comum eu dançar pela casa. Mas foi gostoso sentir que, enquanto eu colava o pisca-pisca na parede, a única coisa em que eu pensava era no pisca-pisca na parede. E só cantava a música pela letra e melodia. Não pensava na próxima tarefa. Ou na hora de acordar amanhã. Ou em como um dia eu posso cantar essa música pra alguém. Ou como já cantei antes. Perceber que eu estava mesmo vivendo esse momento de alguém tão feliz num espacinho de tempo espaço típico de filme me fez ver algo de encantador em mim, acho que isso que eu sempre acho que só enxergo quando outro alguém vê. Acho que crescer é um pouco sobre conseguir se enxergar sozinha, também nos momentos bons.  
Aos pulinhos na cama, com fita adesiva na mão, depois de um dia conflituoso com mensagens não respondidas e textos de economia - difícil decidir o que dá sinais mais confusos - entendi também o que é curtir a própria companhia. E passar por um dia em que nem tudo saiu bem com a sensação de que foi um bom dia. A hora de acordar amanhã continua sendo mais cedo que o medicamente recomendável, as tarefas continuam aos montes e as mensagens ainda não foram respondidas. E tudo bem. Porque eu continuo a menina que sorri quando vê luzes e a mulher que aprendeu a se iluminar com o que vê e sente. E quanto mais a gente souber se iluminar, mais chance temos de iluminar o mundo.

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