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Mostrando postagens de julho, 2020

Coragem, minha pimentinha

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Santo André, 18 de julho de 2020.             Essa é a Coragem, minha pimenta. Pensei em contar das minhas plantinhas antes, mas essa lição está em sincronia com a minha vida pessoal de uma forma mais urgente que as demais.             É a primeira vez que eu cuido de uma pimenta sozinha. Geralmente quem mantinha as Coragens de casa era minha mãe - e eu ainda não dava nome às plantas. No começo, quando a Coragem chegou, não sabia se ia durar muito. O solo dela estava um pouco mofado e ela parecia ter ficado escondida no meio de outras plantas por muito tempo.              Cuidei dela como eu sabia, de forma meio experimental. Ela passou uns dias de frio, uns de sede e confesso que às vezes estava olhando mais pras outras plantinhas do que pra ela, como se ela pudesse se cuidar sozinha.    De alguma forma, acho que a Coragem fez isso. Passou algumas semanas mais cheia de si, mais viva, cheia de pimentinhas. Aí, nuns dias que eu fiz umas decisões não saudáveis pr

Estamos sempre sozinhas

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São Paulo, 13 de julho de 2020.             Imagine que somos todos estrelas. Vivemos sempre a milhões de quilômetros, em alguns casos, anos-luz, separadas umas das outras. (Vamos aqui falar no feminino, mas serve se você for uma estrela-menino também.)  Vivemos tão distantes umas das outras, somos tão independentes em gerar nosso próprio brilho, temos tempos de existências, tamanhos, proximidades, intensidades e temperaturas tão diferentes... Estamos sempre sozinhas. Mesmo existindo aos bilhões, não importa que algumas tenham a sorte de estarem mais perto.             Não há como fazer com que duas de nós estejamos tocando uma a outra, inteiramente. E isso que já me pareceu uma limitação hoje é minha definição de liberdade. Porque as distâncias, o isolamento (ouvi quarentena?) ou a individualidade não nos impede de brilhar. Talvez seja mesmo nossa diversidade e o espaço que existe entre nós que permitiu o desenvolvimento desse brilho.             Pois bem, nós somos outr

Dicas rápidas pra cada empolgado de rede social que acha que pode me cobrar respostas

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Em cooautoria com Husky, numa call-brainstorming sobre papos do Tinder Boa noite, meu anjo! Deixa eu colocar uns pontos aqui. Vocês conversaram por um tempo e aquela pessoa legal parou de te responder. Aí você vai lá e pede biscoito uma, duas, três vezes. E aí que a situação descamba de vez. Toma umas respostas de "já já eu vejo" e fica tentando entender o que aconteceu. Primeiro, vamos combinar promessa de atenção não te dá o direito de ir tirar satisfação de quando alguém que você mal (ou nem) conhece vai poder fazer isso. Essa dinâmica digital serve pra liberdade mesmo, e acho que estão todos (ou deveriam estar) ocupados com os próprios projetos nessa fase. É o famoso “calma, tigre”. Não é porque as ideias bateram que o outro deve estar disponível para falar delas com frequência. Aqui vão algumas dicas de como interagir com pessoas no futuro: O mundo não gira em torno de você. Isso significa que as pessoas estão nas próprias tarefas e isso não sig