As estações
Era minha última semana no Rio. Queria voltar pra casa com um amor de verão na bagagem. Desses que arrebatam, que levamos pra vida toda, 40 graus meixmo. Queria essa história intensa na cidade maravilhosa. E como tudo que pedimos ao Universo, quando eu estava pronta, meu pedido foi atendido. No último dia da minha estadia, na balada de despedida, eu o conheci. Eu não sei como ele não saiu correndo logo na primeira conversa. Para te dar uma ideia, saímos do fundo sertanejo-final-de-festa pra papos de investimento e problematização de condutas machistas na sociedade. Quando fomos tomar o "café da manhã", eu já avisei que queria ser "levada a sério". Quem topa isso num primeiro encontro do século XXI? Bem, ele topou. E topou passar o dia comigo me contando sua vida, suas vitórias e seus medos. Ouviu sobre o meu passado, se animou com os meus sonhos e se divertiu com minhas teorizações sobre tudo. Topou o pôr do sol no Arpoador. Topou me deixar vê-lo de perto. M