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Mostrando postagens de outubro, 2019

Para Viver em Alto Mar

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São Paulo, 29 de outubro de 2019 Gosto muito dessa ideia de que viver e amar são coisas de alto mar. Pelas ondas, marés, paradas nos portos, descansos nas praias. Por tudo isso de altos e baixos, idas e vindas, ressacas e aventuras. E fases. Tem dias que só queremos calmaria. Outros em que vamos atrás das ondas mais insanas. Tem também esses em que tomamos um tempo na superfície pra olhar melhor o horizonte. E aqueles em que passamos um tempo em mergulho, para olhar em detalhes o (nosso) interior. Eu dei uma descansada na superfície por um tempo. Na verdade, já tive muito medo de mergulhar. Fugi em várias oportunidades. Mas depois de me permitir os primeiros mergulhos incríveis e ver como é lindo o mundo que não está à mostra para qualquer navegante, não vivo mais só na superfície. E olha que não sei nadar ainda. Mas quero muito aprender. A nadar nas minhas próprias águas e nas do mundo. Pra isso, não posso mais insistir onde é raso. Ou onde tenho muitas

Precisamos falar sobre o Coringa

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São Paulo, 12 de outubro de 2019. Este é um texto se propõe a discutir, sem spoilers, situações retratadas no filme Coringa a partir dos problemas infelizmente presentes há tempos em nossa sociedade, agravados pelas atuais posturas populares, Estatais e mercadológicas. Sendo mais sincera, a única pretensão é compartilhar como meus sentimentos me forçaram a enxergar as dores do mundo, antes em parte naturalizadas por ignorância ou autoproteção. Há também aqui de aumentar o impacto da obra ou de cenas correlatas, para que através da arte a gente consiga encarar a vida e se importar com o que não pode ser aceito. Assisti o filme do Coringa no dia das crianças. Atuação, filmagem, roteiro e som impecáveis. Chorei do início ao fim. Apesar de ser uma ficção do universo dos quadrinhos, foi o filme de “herói” mais próximo à realidade que já assisti. E por essas aproximações a gente precisa falar sobre ele. Chorei por dois dias seguidos e só fiquei melhor depois da terapia.

Sobre como eu abracei a (des)vantagem *warning: white people problem*

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Embrace the shake , Ted Talking incrível que trabalha uma das principais sensações desse texto de uma forma muito mais legítima. São Paulo, 08 de setembro de 2019. A vida toda fui a mais nova nas minhas atividades. Nas aulas de idiomas, no trabalho, nos grupos sociais. Eu amava ser a caçula. Sempre me deu a sensação de liberdade: não me sentia pressionada a aprender rápido, nem a sensação de competir com os resultados dos outros. Entendia que eu era diferente. Então me deixava ir no meu ritmo e usualmente atingia os resultados pelos quais me dedicava. Foi um desafio me ver numa situação em que começo em "desvantagem". Um exagero essa afirmação, mas assim eu senti no momento. Decidi fazer uma segunda graduação – contra todos os conselhos do mercado em me especializar na área que já estou. Decidi trocar um emprego estável por um estágio nesse novo mercado que quero ocupar.  Me senti em desvantagem por não ter decidido pela faculdade de economia antes. Por

Para uma mulher foda - um abraço em texto para que minha amiga não esqueça quem ela é

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São Paulo, 07 de outubro de 2019 Todo ser humano pode ser incrível. Acredito genuinamente que cada um carrega em si potencial para isso. Tem uma parcela das pessoas que leva isso a sério, transforma potência em ação, hábito, meta e entra para o grupo de pessoas fodas. Felizmente conheço exemplos dos mais diversos nesse grupo. Ser foda para uns significa ser milionários. Para outros significa ser um monge. Para mim e para efeitos desse texto, foda é quem vive uma existência honesta, ou seja, quem vive verdadeiramente aquilo que acredita – dentro do respeito aos direitos humanos, antes que algum oportunista venha distorcer minha mensagem. No grupo dos fodas, as mulheres se destacam. Quase todas são uma versão mais real e humana de Mulher Maravilha. Esse texto é dedicado especialmente a uma delas. Você mesma, miga. Quero te lembrar de que um mundo com mais mulheres (e pessoas) assim será um mundo muito melhor. Mas já peço sua licença pra compartilhá-lo com quem também merece ess